
Acordar, ser lambido por uma vira lata, estar sozinho em casa, mas estranhamente ela me parece cheia.
Ontem o desabafo, a declaração, hoje um corredor para brincar. Tão livre é como eu me sinto.
Ligo o PC, coloco uma música antiga para tocar, parece que ela me faz cócegas no nariz.
A louça suja não me incomoda tanto porque simplesmente me sinto alegre. Parece que meu corpo emana sorrisos.
Lá está o tal sujeito, na mesma janela de sempre e sinto me proximo dele, mas agora existe calma na minha escrita. Ele sabe da admiração.
Divido uma canção, um ensinamento.
E o melhor de tudo, nao me importo se esse sentimento será devolvido, ele é belo porque ele vem de mim de forma simples e pura. Como um vento. Não quero ter aquele sentimento narcisista esperando que sintam o mesmo por mim, é algo tão bom só gostar e querer o bem que isso me enche. Me sinto pleno pra viver.
E quando penso nesse tal sujeito nem sei se quero encarnar-me nele, já me basta simplesmente ouvir sua risada, quem sabe tocar seu cabelo, acho que estou gostando de forma pura e infantil. Quero aproximar e ver esse bichinho bobo virando gente. E que bela gente.
Ao fim as músicas tem sido bonitas, eu tenho sido gentil e creio que a vida mesmo dolorida, as vezes, tem me mostrado cores que eu não tinha despertado o olhar.
Nem metade vazio, nem metade cheio, por hj estou pleno.
E isso graças a mim e um pouco por causa do gostar que cismou em me tocar esses dias.