sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Tem que dividir, Micróbio.



Alta madrugada
Ele acorda.
Um estrondo.
Um som ensurdecedor.
Como uma bola de guindaste caindo ao chão.
Como mil pratos espatifando.
Uma porta batendo no escuro.


Ele se vira...Procura em volta o que é.

Nada
Ninguem.

De repente o mesmo som.
Vem dele.
A fome.
Maldita.
Ela o acordou.

Ele procura pelo quarto e encontra na mochila o biscoito dado pela amiga.
Ele só tem aquilo para se nutrir.
Come vorazmente.
Lágrimas molham seu rosto e o biscoito.
Comovido, um pouco satisfeito ele adormece.
Rosto molhado, migalhas na cama.

E na memória o palhaço dizendo:
"tem que dividir, micróbio, tem que dividir"

3 comentários:

Unknown disse...

ehehehh
Bem devago em minhas devagações o real sentido desse poema. Talvez nunca irei saber. Talvez apenas ficarei com minhas vagas conclusões.
Mas espero que não se repita.
auhauh meu comentário nada ver para vc cara.
Fica com DEUS

Fênix in Onix disse...

viaje meu caro bardo.. viaje...

Luanda Perséfony disse...

novamente me fez chorar...

quantas são os biscoitos e migalhas com os quais vc já me salvou...

te amoooooooo!!!!!!!